21 julho 2014

Entrevista: Manowar - Forja das Estrelas



Saudações caros leitores, dando continuidade a nossa série de bate-papos, estou de volta com mais uma entrevista. Sempre trazendo colecionadores que ajudam a divulgar nosso hobby, através de sites ou blogs. Dessa vez apresento o colecionador e customizador de figuras de ação, Manowar e seu blog, o Forja das Estrelas.



Yanker: Saudações camarada, apresente-se pra nossos leitores.
Manowar: Me chamo Mauser, sou um carioca de 26 anos. Em alguns lugares atendo pela alcunha de Manowar, The Real SouthAmerican Hero. =p


Yanker:Como foi seu primeiro contato com as figuras de ação?
Manowar: Estive cercado de bonecos desde pequeno, brincar era meu passatempo preferido. Antes de nascer, meu Pai (que também é chegado em pegar “figuras de ação” para coleção) costumava comprar bonecos para o meu primo que até então era a única criança pequena na família, quando cheguei volta e meia ganhava um e aproveitava bastante os bonecos dele, afinal ele já estava crescido. Acho que sempre tratei os Joes e Star Wars vintage como figuras de ação.


Yanker: O que te levou a colecionar? Qual seu primeiro item já como colecionador?
Manowar: Como sempre gostei de brincar, creio que escolher esse caminho tenha sido algo natural. Havia coleções que prendiam minha atenção mais do que qualquer coisa, lembro-me que os Comandos em ações e Star Wars eram duas dessas, daí sempre que podia eu pedia para ganhar algo dessas linhas. Por mais que algumas coisas fossem doadas no decorrer dos anos, havia peças que eu segui mantendo comigo. Deve ter sido ai que me tornei um colecionador. Creio que meu primeiro item como colecionador tenham sido algumas miniaturas action fleet de Star Wars.


Yanker: Qual o foco da sua coleção hoje e quantos itens você tem aproximadamente?
Manowar: Hoje eu mantenho dois segmentos principais: bonecos na escala 3 ¾” e Personagens selecionados de cinema/seriados/HQs.
No primeiro segmento estão figuras de Star Wars e GI Joes, além de peças pingadas de diversas outras coleções como Marvel, DC, Dark Horse e outras que sigam a escala. No segundo segmento estão representações de personagens na melhor forma que tive acesso, por exemplo, há um busto da Bettie Page ao lado de um Neca do Dread Pirate Roberts e uma figura de chumbo customizada do William de Baskerville (Sean Connery / O nome da Rosa) junto com o Ambush e o Atom da 3A. Neste segmento não faço questão de manter um padrão de escala ou fabricante, o que me interessa é ter a peça com o melhor visual disponível e que se encaixe no meu orçamento. Nunca fiz uma conta precisa de quantos itens tenho na coleção, mas acho que já bati a barreira dos 100.



Yanker: Qual a sua peça preferida ou aquela que você escolheria pra representar toda sua coleção?
Manowar: Não conseguiria escolher só uma, mas há algumas que representam milestones da vida de colecionador. Eu destacaria a Baroness V1, o Han Solo na cena da cantina e o Exterminador da Hot Toys.


Yanker: Você tem algum outro tipo de coleção?
Manowar: No passado tive uma pequena coleção de Vídeo Games (consoles e games) e recordações de Heavy Metal e rock em geral (camisas, autógrafos e CDs). Hoje divido uma pequena coleção de livros com minha futura esposa.


Yanker: Além de colecionador você também customiza e cria cenários, fale um pouco sobre seu trabalho.
Manowar: Customizar era um desejo latente, mas só me dediquei mesmo a tentar fazer alguma coisa nessa linha cerca de 2 anos atrás. Tive duas influencias para começar a fazer os projetos, um amigo customizador chamado Roberto Panza e meu Pai. O Roberto já havia feito algumas figuras e cenários para minha coleção pessoal anos atrás, foi com base neles que comecei a produzir as minhas peças. Já meu Pai me deu alguns toques sobre ferramentas e certos cuidados para fazer os trabalhos.
Um lance interessante sobre o meu Pai é que ele chegou a fazer alguns dioramas para GI Joes a uns quase 30 anos atrás, quando eu ainda nem era nascido. Ele havia feito uns “playsets” para meu Primo brincar com seus Comandos em Ação. Ainda hoje tenho o QG que foi deste meu Primo – em alguns aspectos esse diorama é superior aos dios que já fiz.  Pretendo restaura-lo quando tiver uma folga.
Boa parte dos meus customs foram feios para preencher lacunas na coleção, os veículos estilo Mad Max e as atualizações de GI Joes são o melhor exemplo disso. Havia coisas que achei que um dia seriam lançadas, mas cansei de esperar e fiz eu mesmo. Os cenários foram todos feitos para recriar cenas nos expositores. Sempre que o espaço permite coloco as minhas peças em exposição dinâmica e o diorama ajuda a fazer esse retrato.
Sempre que posso acompanho o trabalho de alguns artistas gringos e outros nacionais, neste meio tempo acabei me tornando amigo de alguns. Essa galera é referência para mim e sem dúvida tem influencia sobre as coisas que sigo fazendo. Jamais me considerei tão habilidoso como estes caras, eles são os mestres.


Yanker: E o Forja das Estrelas, como é que você começou?
Manowar: Quando o blog nasceu, o propósito não passava nem perto de ser essa janela para expor customs, figuras ou qualquer coisa deste tipo. Antes de a página ir ao ar, eu ainda estava estudando alguns conceitos de marketing digital por conta própria, pois as aulas na faculdade não foram muito completas neste tópico em especial. Um dos pontos que mais me chamaram atenção na época foi o UGC e eu decidi colocar algo no ar para ver como a audiência iria se comportar. O blog segue no on-line desde então.
Este nome, Forja das Estrelas não é uma criação original, na realidade batizei o Blog assim por causa do capítulo final do Jogo Knights of The Old Republic. A última etapa do jogo se passa na estação Star Forge. =)


Yanker: Como você analisa o mercado nacional hoje em relação a figuras de ação?
Manowar: O mercado de colecionáveis nacional sem dúvida está bem aquecido. Nunca houve tantas empresas importando e distribuindo produtos para o colecionador como agora. Do outro lado, há uma quantidade surreal de vendedores independentes oferecendo todo o tipo de colecionável, desde gashapon pirata até Premium Format. Hoje qualquer um é pode ser um vendedor em potencial, basta brigar por preço.
Se olharmos 4 anos para trás, conseguimos ver casos bacanas de colecionadores que souberam surfar nesta onda. Tenho conhecidos que aproveitaram a vibe para abrir loja física e/ou on-line e outros fazem alguns bons trocados se dedicando a vendas independentes.
Com relação ao colecionador, me parece que com essa diversidade de produtos, estamos vendo novos perfis por ai, muito diferentes daqueles freaks que marcaram a imagem do colecionador durante muito tempo. Junto com a galera que segue colecionando brinquedos e itens vintage, tenho visto novos colecionadores de estátuas e props, figuras de ação e por ai vai.
Eu lembro que nos anos de mil novecentos e guaraná com rolha, nós não tínhamos computador e a internet para mim era um lance cyberpunk demais, nem sabia como funcionava. Para tentar achar figuras vintage para coleção eu comprava o jornal balcão no domingo e devorava os classificados impressos. Quando não tinha sucesso, visitava comic-shops, como a saudosa Gibi Mania ou ia até lojas de importados. Não havia tantas opções como temos hoje.


Yanker: Muito obrigado pela participação, deixa aí um recado pros nossos amigos colecionadores.
Manowar: Agradeço o espaço. Colecionem com responsabilidade e não deixem o hobby te engolir. Há coisas bem mais bacanas que uma coleção de figuras.


2 comentários:

  1. Entrevista bem interessante Yanker.

    É sempre bom conhecermos outras coleções e seu blog, em especial esta nova galeria, nos proporciona isso.

    Parabéns mais uma vez. O trabalho está excelente.

    Gostei muito do blog deste colecionador, fácil perceber sua queda por Star Wars e Custons! Belos trabalhos realizados e alguns cenários muito bem feitos! fonte de inspiração com certeza.

    Parabéns.

    Abraços,
    Marcius Victor.

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